The Elders Scroll Skyrim Pointer Micro Gamer Brasil: Recomendação #8

Recomendação #8

Fala aee Atiradores de plantão, dessa vez aqui com mais um daqueles posts gigantes que eu faço ...

Tomb Raider:




CONSIDERAÇÕES

Lara Croft foi, por muito tempo, a maior representante feminina do mundo dos videogames. Uma musa inspiradora para jogadores, produtores e desenvolvedores de jogos. Porém, isso mudou com o passar do tempo e bustos fartos e acrobacias fantásticas deixaram de ser fatores muito atraentes para novos jogadores.

A dama virou apenas uma sombra do que era. Com este novo game, a Crystal Dynamics fez ela renascer com esplendor. Agora temos uma personagem consistente, rica em emoções e de personalidade forte e marcante. Lara Croft voltou das cinzas como uma fênix, mostrando que não esqueceu como estrelar um jogo de aventura.

“Tomb Raider” é um game que mostra o sofrimento e crescimento de uma heroína de verdade. Você se apega a Lara de uma forma que não imaginava ser possível. fazendo com que os jogadores se sintam no controle da moça até mesmo durante as cenas de corte.

As horas de jogo são várias e intensas, os cenários ricos em detalhes, as mecânicas de jogo divertidas e, finalmente, o multiplayer é decente, mesmo não sendo um tesouro escondido no disco – apenas “ok”, nada lá muito especial.

Este é o “Tomb Raider” que queríamos ver há muito tempo e com identidade própria: acredite, não é uma cópia de “Uncharted”, como muitos temiam. Aqui você verá o retorno digno da rainha do mundo dos games em um jogo incrivelmente divertido e emocionante.


“Tomb Raider” mostra a jovem - e nova - Lara Croft em sua primeira expedição em uma ilha hostil. Ela acaba tendo que lidar com sua fragilidade e ingenuidade, ma, no decorrer do jogo, aprende que sua inteligência e vontade de viver conseguem superar qualquer desafio.

A história principal tem mais de 14 horas que mostram esta evolução ao mesmo tempo em que cria momentos emocionantes, com objetivo estabelecer um laço entre o jogador e a exploradora – o que consegue fazer de uma forma brilhante.

PONTOS POSITIVOS


Uma grande heroína

Esqueça a antiga Lara Croft, aventureira, boa de briga e especialista em fazer saltos mortais dos antigos jogos da série. Nesta nova aventura ela sente medo, cai, se machuca e estrupia. Nas primeiras horas de jogo você vê que ela tem muito medo e se assusta com tudo o que aparece em sua frente.

Falando o mínimo possível da história (para evitar spoilers, claro), Lara se torna uma grande mulher, pronta para se arriscar em favor dos amigos. As dificuldades pelas quais ela passa no início da história seriam suficientes para deixar muito marmanjo chorando em uma caverna por dias - mas Lara aguenta o tranco e segue em frente.

A evolução de Lara acontece de maneira natural conforme o jogo avança e encara situações nada agradáveis, como mãos bobas, ataques de lobos e escaladas de pontos muito altos – isso só para citar algumas situações.

Já no final do game você vê que Lara se transformou em uma especialista em sobrevivência, que está pronta para qualquer parada. E, fatalmente, você já estará apaixonado por ela como uma mulher, e não como um objeto (o que acontecia com a Lara Croft de medidas generosas dos games anteriores).

Jogador no controle

Jogos cinemáticos como “Uncharted” e “Call of Duty” são conhecidos por tirar o controle do jogador nos momentos mais emocionantes. Mas em “Tomb Raider” é diferente: as cenas mais empolgantes estão nas mãos do jogador.

Aqui os Quick Time Events (QTEs) existem para apoiar a narrativa e dar mais dramaticidade à cena, não para mostrar algo que o jogador não pode fazer normalmente. Nas partes fortes do game sempre é o jogador que está no controle, como ao descer por uma corredeira ou fugir de um exército de capangas.

Por mais que “Tomb Raider” seja um game com forte apelo na história, você não será deixado para trás. Você vai assistir às cenas e entender a história (até porque o jogo conta com ótimas legendas em português), mas sempre terá o controle do que acontecer com Lara.

Mundo semi-aberto

Dentre os games de aventura, há dois tipos principais hoje em dia: os de mundo aberto e os corredores infinitos. “Tomb Raider” é diferente: ele é um jogo de mundo semi-aberto. Existem diversos ‘checkpoints’ nos quais você tem uma área para explorar e nessa área existe o caminho certo para seguir para avançar na história ou fazer as missões paralelas.

Essas missões geralmente se resumem em encontrar os tesouros do local ou explorar uma tumba. Ao entrar nelas, você é apresentado a um quebra-cabeça que o levará a uma arca de tesouro (que é um mapa do local onde estão os itens secretos daquela área).

Isso é bem divertido, pois o game aproveita muito bem essas áreas abertas - algo ainda reforçado pelos cenários muito bonitos. Você pode também decidir a forma como chegará ao seu destino, seja escolhendo enfrentar os guardas de peito aberto ou indo pela surdina e matando eles em silêncio.

Mesmo quando você é forçado a enfrentar os soldados inimigos existem diversas formas de passar por eles, como atraí-los para uma determinada parte do mapa ou seguir em frente usando as proteções do mapa.

Em áreas onde não existem inimigos há diversas formas de chegar ao objetivo, não um caminho pré-determinado. Cada caminho que você escolhe é recompensador, seja por dar um tesouro para sua coleção ou até encontrando material para upgrade de armas.
Quase um RPG

Lara aprende a sobreviver na floresta e, aos poucos, vai se tornando uma grande exploradora. Esse crescimento é sentido com o sistema de evolução similar a um RPG. Lara ganha pontos de experiência conforme passa por desafios do mapa, encontra tesouros ou elimina inimigos.

Ao subir de nível, Lara pode evoluir habilidades divididas em 3 categorias. Cada melhoria é sentida na hora, possibilitando, por exemplo, coletar mais munição em caixas, resistir a mais danos ou mesmo a habilidade de conseguir itens de um inimigo de forma mais efetiva.

As armas também podem ser melhoradas com materiais que são encontrados pelo caminho ou no corpo de inimigos, tornando-as mais poderosas e precisas ou até acrescentando novas funções a elas.

Combates emocionantes

Sejamos francos: combates nunca foram os pontos altos nos antigos jogos da série. Sempre existiram problemas de câmera ou outras coisas que não davam muito certo. Pois bem, isso mudou completamente neste novo "Tomb Raider".

O melhor de tudo é que a Crystal Dynamics conseguiu encontrar uma nova forma de usar o ‘murinho’ de “Gears of War”, de forma mais orgânica. Ao entrar em uma área de combate, Lara assume a postura de andar agachada e, ao ficar ao lado de um muro, ela o usa como proteção. Contudo, é só pressionar o botão de mira que ela sai da cobertura para fazer o disparo.

A variedade de inimigos não é muito grande, há somente três ou quatro tipos de soldados, sem falar dos temidos lobos que podem surgir nas áreas de floresta. Não passa disso, mas de forma alguma signifique os combates sejam pouco táticos.

Por conta dos diferentes terrenos e cenários, você deve em cada encontro com inimigos procurar a melhor forma de atacar, aprender a esquivar com perícia e sempre, mas sempre mesmo, ficar protegido – ainda que seja durona, Lara pode morrer facilmente se for acertada por muitos disparos.

PONTOS NEGATIVOS


Multiplayer fraco

O modo multiplayer de “Tomb Raider” pode ser completamente esquecido. Ele não é divertido e as mecânicas de game, que funcionam com excelência no modo solo, não foram bem transportadas para os quatro modos de jogo (Free For All, Team Death Match, Cry For Help e Rescue).

Em Rescue um dos time deve prevenir que os adversários conquistem os suprimentos médicos, ou seja, basta ficar em um ponto do mapa para proteger a entrada dos adversários. Já em Cry For Help você deve defender certas partes do mapa, como nas partidas de King of the hill em outros games multiplayer.

Honestamente, são modos nada inovadores e que não aproveitam o que "Tomb Raider" tem a oferecer. O pior é que alguns mapas são desbalanceados, dando mais vantagem para o time que sair no lugar certo. Além disso, o game tem sistemas de equipamentos, evolução e desbloqueio de equipamentos exageradamente complicados que poderiam ser mais simplificados, como em “Uncharted” ou “Gears of War”.

Caçar é dispensável

“Tomb Raider” apresenta diversas mecânicas, mas uma delas é totalmente esquecida no decorrer do jogo: a caça. No início do game Lara tem que caçar animais da floresta para matar sua fome. Nesta ocasião, isso é divertido e emocionante, porém nunca mais é pedido no game. No resto do jogo você só vai caçar se quiser, seja pela diversão ou coletar alguns poucos recursos. E olhe lá.

Nenhum comentário: